Sesc Encena - "São Francisco de Assis à Foz" Dia: 23/06 - 20h


SÃO FRANCISCO DE ASSIS À FOZ

A Cia P'atuá, que tem à frente o criador Glicério Rosário, tem recente fundação em Belo Horizonte. Lançada concomitante ao lançamento do espetáculo São Francisco de Assis à Foz, em junho de 2008, só existindo, portanto, a partir de então, a Companhia faz da história de seu criador e deste espetáculo a sua história.
A Cia P'atuá apresenta São Francisco de Assis à Foz, espetáculo dirigido por Glicério Rosário e Geraldo Octaviano. A montagem tem como fontes inspiradoras o romance "O pobre de Deus", de Nikos Kazantzakis, a obra “O Irmão de Assis”, de Inácio Larrañaga, a Regra franciscana, materiais diversos sobre a vida do santo (pinturas, filmes, escritos recolhidos por cronistas da época), estudos e debates sobre a sobrevivência do Rio São Francisco. Evitando o lugar comum de reconstituir lendas da vida do santo ou de simplesmente lançar um discurso sobre preservação ecológica, a encenação funde os dois São Franciscos, "homem" e "rio", para falar de amor. A escolha do amor como fundamento da montagem propõe uma possível saída: uma re-humanização pelo afeto. O amor torna-se símbolo de elevação, de integração do homem, das águas, dos seres.
São Francisco de Assis à Foz é um exercício, um desafio a uma interpretação intensa. Junto à necessidade de um trabalho consistente de teatro físico, a montagem demanda um, igualmente intenso, trabalho de expressão vocal. Entre momentos narrativos e musicais, o texto explora a poeticidade do som das palavras, dando qualidade melódica à dramaturgia. Em cena, Glicério Rosário, ator, diretor e dramaturgo que integrou importantes grupos de teatro de Belo Horizonte. O ator segue sua linha de investigação cênica: pesquisa das potencialidades expressivas do ator, investindo nas soluções a partir das possibilidades vocais, corporais e criativas do intérprete, trabalhando com cenário/figurino despojados e de variadas simbologias. Amparado por competente equipe, confere qualidade artística ao tema.
Criando uma ambientação propícia a uma encenação forte, os elementos cenográficos trazem concretude e metáfora: pedras, água e areia carregam funções conceituais e narrativas. A iluminação reforça a poética da encenação, ambientando um sertão ou extraindo das pedras, em sombras e penumbras, figuras que lembram expressões humanas. Na história do homem que encontra vários percalços em direção a Deus, os mesmos elementos sugerem sentidos ampliados no percurso do rio que encontra obstáculos para chegar ao mar.
Dia: 23/06 - Terça-Feira
Horário: 20h
Entrada Franca

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